Introdução
Ser canhoto é uma característica que afeta cerca de 10% da população mundial, mas que ainda é vista com estranhamento e preconceito por muitas pessoas.
Na escola, as crianças canhotas podem enfrentar dificuldades para se adaptar ao material didático, à disposição das carteiras, à escrita e ao desenho, além de sofrerem bullying e discriminação por parte de colegas e professores.
Neste artigo, vamos abordar os principais problemas que as crianças canhotas enfrentam na escola e dar algumas dicas de como promover uma convivência mais harmoniosa e inclusiva.
Os desafios das crianças canhotas na escola
As crianças canhotas podem ter mais dificuldade para aprender a escrever e a desenhar, pois a maioria dos materiais escolares é projetada para destros, como cadernos, tesouras, réguas, apontadores, entre outros.
Além disso, elas podem ter que se acomodar em carteiras que não são adequadas para a sua lateralidade, o que pode causar desconforto, má postura e dores.
Outro problema é a falta de orientação e apoio dos professores, que muitas vezes não sabem como lidar com as diferenças individuais dos alunos e podem impor uma padronização que prejudica o desenvolvimento das crianças canhotas.
Por fim, as crianças canhotas podem sofrer com o estigma e o preconceito de serem consideradas diferentes, inferiores ou até mesmo azaradas, o que pode afetar a sua autoestima, a sua confiança e o seu rendimento escolar.
Como melhorar o convívio das crianças canhotas na escola
Para que as crianças canhotas possam ter uma experiência escolar mais positiva e satisfatória, é preciso que haja uma maior conscientização e sensibilização sobre a diversidade humana e o respeito às diferenças.
Algumas medidas que podem contribuir para isso são:
- Disponibilizar materiais escolares adaptados para canhotos, como cadernos, tesouras, réguas, apontadores, entre outros.
- Oferecer carteiras que possam ser ajustadas de acordo com a lateralidade dos alunos, ou que sejam simétricas e possam ser usadas por destros e canhotos.
- Orientar os professores para que não forcem as crianças canhotas a mudar de mão, nem as critiquem ou as comparem com os demais alunos. Ao contrário, os professores devem incentivar e valorizar as habilidades e as potencialidades das crianças canhotas, respeitando o seu ritmo e o seu estilo de aprendizagem.
- Promover atividades que estimulem a integração e a cooperação entre os alunos, independentemente da sua lateralidade, como jogos, brincadeiras, trabalhos em grupo, etc.
- Combater o bullying e a discriminação contra as crianças canhotas, por meio de campanhas, palestras, debates, etc., que visem a informar e a educar sobre a diversidade e a inclusão.
Conclusão
Ser canhoto não é um defeito, nem uma desvantagem, mas sim uma característica que faz parte da diversidade humana.
As crianças canhotas têm o direito de serem respeitadas, acolhidas e apoiadas na escola, para que possam desenvolver as suas capacidades e expressar a sua criatividade.
Para isso, é fundamental que haja uma mudança de atitude e de cultura por parte de todos os envolvidos no processo educativo, desde os gestores, os professores, os funcionários, os pais e os próprios alunos.
Assim, será possível construir uma escola mais inclusiva, democrática e humanizada, que valorize as diferenças e promova a convivência.
Desafios das crianças canhotas na PRÉ-ESCOLA (de 4 a 6 anos) [Live]
Como adaptar uma criança canhota em um mundo destro (guiainfantil.com)