Ao longo do tempo a escrita espelhada tem despertado o interesse de pesquisadores e estudiosos, especialmente no que diz respeito a sua relação com a lateralidade manual dominante.
Um dos pioneiros nesse campo de pesquisa foi o psicólogo alemão Daniel M. Wegner. Em seu trabalho sobre o processamento cognitivo ele investigou a relação entre a escrita espelhada e a lateralidade manual.
Em suas observações ele identificou que a escrita espelhada está mais associada a canhotos do que a destros. Essa descoberta lançou as bases para pesquisas subsequentes sobre o assunto.
Outro cientista importante que contribuiu para o estudo da escrita espelhada e sua relação com a lateralidade manual é o neurologista francês Albert Thorel.
Em seus estudos sobre a representação cerebral e a lateralidade ele observou que pessoas canhotas tendem a apresentar uma maior facilidade em escrever de forma espelhada em comparação com pessoas destros.
Essa observação sugeriu uma possível relação entre a preferência manual e a propensão à escrita espelhada.
No entanto a relação entre a escrita espelhada e a lateralidade manual dominante é complexa. A maioria das pessoas exibe uma preferência manual dominante (direita ou esquerda), mas isso não necessariamente leva à escrita espelhada.
Muitas crianças com uma lateralidade manual definida também aprendem a escrever corretamente sem apresentar inversões espaciais.
É importante destacar que o estudo da escrita espelhada e sua relação com a lateralidade manual ainda está em desenvolvimento.
São necessárias mais pesquisas para investigar a relação entre a lateralidade manual e a escrita espelhada em maior detalhe.
O estudo contínuo desse fenômeno fascinante pode fornecer uma compreensão mais profunda das complexidades da mente humana e de como a preferência manual pode influenciar a forma como escrevemos.
Fonte:
Escrita espelhada: isso é um problema?
O que acontece no cérebro de quem consegue escrever espelhado