Por que o imunizante deve ser aplicado no braço? Em qual deles?
De acordo com a enfermeira Danielle Sellmer, mestre em Tecnologia em Saúde e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC PR) a Organização Mundial da Saúde (OMS) e, por consequência, o Ministério da Saúde, adotam o braço direito para a realização de vacinas para que seja possível acompanhar alguma possível reação adversa.
Isso não só com o imunizante da covid-19, como outras vacinas também.
O protocolo é que, no mundo inteiro, a aplicação de um imunizante aconteça em um músculo específico do ombro e do terço superior do braço, chamado deltoide. De qualquer forma, a recomendação é clara: “O braço precisa ficar relaxado para que a técnica seja menos dolorosa”, diz a professora.
“A gente pode fazer pequenos volumes no braço, no músculo deltoide, de até 2,5 ml – e geralmente as vacinas são em volume bem inferior a isso. Sempre no braço direito em função de que, caso ocorra alguma reação adversa, possamos identificar que ela tem relação com a vacina e não com alguma outra medicação”, explica a enfermeira.
Danielle ainda aponta que, quando se precisa aplicar mais de uma vacina no mesmo dia, existe um protocolo de onde deve ser feita cada uma delas, e isso fica registrado no sistema de cada município.
A enfermeira aponta que o braço não é o único lugar do corpo propício para tomar uma vacina. “Qualquer vacina poderia ser aplicada no glúteo, na coxa, não tem problema do ponto de vista do conteúdo da vacina — não vai fazer diferença nenhuma na absorção. Vai absorver e vai fazer o mesmo efeito. A única razão de se aplicar no braço direito é em função de protocolo”, afirma.
E por falar em protocolo, a enfermeira conta que a vacinação contra covid-19 tem uma ordem pré-estabelecida de preferências quanto a locais para se vacinar. “A sequência é: braço direito, se não for possível, parte-se para braço esquerdo, depois coxa direita e coxa esquerda ou glúteo. Não faz nenhuma diferença o local de aplicação da vacina, o importante é registrar o local de aplicação no sistema para poder acompanhar algum possível processo inflamatório”, conclui.